sábado, 30 de junho de 2012

Novos Homens


                   
Não são homo, metro ou apenas héteros: são novos homens.
        As relações humanas e seu jogo de influência e poder vem sendo alteradas durante o tempo, e isso não é novidade. A novidade é a força que conseguiu abrir horizontes na cabeça de alguns homens.
        Público esse tão afetado pela sobriedade dos séculos passados que esmagaram a antiga alegria e culto à beleza tradicional masculina, agora se mostra cada dia mais aberto ao novo.
        De alguma forma, ainda desconhecida, e despretensiosamente admito não conseguir decifrá-lo ainda, os costumes e a estética do homossexual e principalmente do metrossexual tiveram vertentes traduzidas e adaptadas ao universo hetero comum. Mesmo aquele grupo do brasileiro chato, que não busca qualquer variação de si mesmo, já apresenta representantes mais abertos, preocupados com sua imagem, consumindo produtos cosméticos, frequentando locais de prestação de serviços antes apenas femininos - manicures, salões - indo mais à cozinha doméstica e dominando essa arte.
        Pensando em macro tendência, o tempo permanece reinado pelas aparências, realmente. Uma boa imagem no ambiente de trabalho, um ar de cuidado para atrair mulheres, artifícios cosméticos e de moda para se sentir mais confiante. Fórmula antiquíssima para todas as femme fatales, interessante pensar como somente agora atingiu nossos bravios guerreiros.
       Indo para o senso comum, jogadores de futebol, atores e outras pessoas da mídia tornam-se early adopters, ou seja, não criam uma nova forma de estilo, mas o adaptam e o disseminam pela massa, que irá refletir nessa imagem sua vontade de ser aquele representante e o copiará. Exemplos são: David Beckham, Neymar, Johnny Depp.
        E o mercado? Está em nível potencial máximo para atender a essas novas demandas? Quantas marcas de cosméticos exclusivos masculinos existem? Quantas revistas masculinas de comportamento espelham esse novo homem realmente? Quantos estabelecimentos se preocupam em deixar esse homem confortável e familiarizado em sua prestação de serviço de lazer, por exemplo?
        E a sociedade? As mulheres entendem esse novo olhar de alguns homens? Qual o limite cultural estabelecido entre cuidados básicos e culto excessivo da auto imagem? Como os homens se veem?
        Essas e outras tantas questões estão em discussão no projeto do curso de Coolhunting, a fim de olhar para esse público, detectar seu nicho de mercado e sugerir alguma tendência que se baseie nessa confirmação da nova posição masculina. Em busca do cool!
E mais uma vez, no campo masculino, são os homos que lançam tendência.

Sentimentos


“Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem.”